29 de novembro de 2009

Saudade

Engana-se quem dá à saudade um sabor que não o amargo.
Ainda há pouco me perdi no meio das nossas coisas, pouco depois estava mergulhada na saudade do que vivemos, na falta que o que fomos me faz. E, consequentemente, não consegui evitar a mágoa, a pena e a frustração de não poder recuar dois anos, um ano, alguns meses.
Quando tudo começa a acalmar e a novidade se torna rotina, abate-se a ausência de nós.

Hoje, perdi-me na memória de um tempo que está já irremediavelmente perdido no tempo.

22 de novembro de 2009

Feels Like Home

"Somethin' in your eyes, makes me wanna lose myself

Makes me wanna lose myself, in your arms
There's somethin' in your voice, makes my heart beat fast
Hope this feeling lasts, the rest of my life

If you knew how lonely my life has been
And how long I've been so alone
And if you knew how I wanted someone to come along
And change my life the way you've done

It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way back where I come from
It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way back where I belong

A window breaks, down a long, dark street
And a siren wails in the night
But I'm alright, 'cause I have you here with me
And I can almost see, through the dark there is light

Well, if you knew how much this moment means to me
And how long I've waited for your touch
And if you knew how happy you are making me
I never thought that I'd love anyone so much

It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way the back where I come from
It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way back where I belong
It feels like I'm all the way back where I belong"

Sorte*



É preciso ter sorte para encontrar as pessoas certas no sítio certo. ;)

16 de novembro de 2009

Eu



Sou o resultado do que vivi. Sou a consequência das minhas acçoes. E sou os sonhos que ainda ficaram por realizar. Os dias que ainda estão por viver. Sou passado e futuro. Presente? Depende dos dias...

14 de novembro de 2009

Virar Costas

Não foi para te castigar.
Não foi vingança.
Não foi vontade que experimentasses um bocadinho do que passei.
Foi necessidade.
De me afastar de ti.
Porque só assim é que te consigo encerrar.
Porque não temos meio termo, já fomos demais para isso.
Porque contigo, ou é tudo ou nada.
E eu já tive o tudo. Agora não o quero, não é meu e eu dispenso-o.

Sobra o nada.... É a única maneira de te ter. Na memória, nas recordações, nas lembranças.
Prometo que te levo comigo. Prometo que te guardo. És parte da minha história e do meu passado.
Mas para que assim continues, para que te recorde com carinho, viro-te as costas.
E sigo em frente, mesmo que me custe deixar-te assim para trás.


Vê e chora, oh Likas :P

10 de novembro de 2009

Irremediavelmente Ligada a Ti

Chegaste do nada e, por pura sorte (na altura pareceu-me azar) ficaste no meu grupo. Ao teu "fazem todo o caminho de quatro" revirei os olhos e pensei que me podia ter calhado bem melhor. Mas a tarde foi passando, e com ela passou também a ideia negativa do primeiro impacto. Até hoje, tudo o que temos é inexplicável. Surgiu espontâneamente, quando nenhuma de nós estava à espera e em muito pouco tempo passou por muito.
E foi preciso tão pouco da tua parte... Resumiu-se a acções, coisas concretas, à tua presença nos sítios em que mais precisava de ti. Foi a tua preocupação, o teu olhar tão reconfortante, o teu apoio de quem já tinha vivido tudo aquilo.
Depois disso? A transparência das conversas, a sinceridade das palavras, dos gestos, das expressões, as discussões e os problemas dissertados ao milimetro para que nada ficasse por dizer, para que ninguem ficasse ressentido. Foi a diferença que nos separa e que, ao mesmo tempo nos aproxima porque nos ensina. Foi a igualdade em tantas atitudes, em tantas reacções, em diversas maneiras de ver as coisas que criaram compreensão e cumplicidade.
Hoje somos tudo isso. E somos o silêncio que, em nós, fala muito mais do que as palavras. Somos o teu preto, a tua capa... Que é a nossa ligação, o nosso mundo, o meu refúgio.


E o melhor disto tudo? É que no meio de tanta coisa, a nossa essência continua lá. No fundo, continuamos a ser o inexplicável, o indefinivel... Continuamos a ser eu e tu, as unicas pessoas a perceber o que isto é. Continua a ser impossível de por em palavras. É mais real, mais concreta do que nunca. Mas vai para além de qualquer coisa que eu consiga escrever.




És indispensável. Insubstituível. És, incondicionalmente, parte de mim.

8 de novembro de 2009

Dozá





Nós éramos o mundo. Juntos, todos, não havia nada que não conseguíssemos fazer. Foram organizações de festas de Natal, foram organizações da viagem de finalistas, foram palestras, foram festas, foram momentos. Éramos inabaláveis e, até certo ponto, auto suficientes. Não éramos perfeitos, mas conseguiamos resolver os nossos problemas. E a cada passo, tornamo-nos mais. Mais unidos, mais fortes, mais confiantes uns nos outros. Vimos em nós mais do que um grupo de amigos. Chegamos a considerar-nos família. Refúgio. Porto seguro. E todos tínhamos a certeza que, independentemente do que acontecesse, nós estávamos lá.
De repente, chega a novidade. A mesma que nos fazia passar horas na conversa, a "salivar" pelo futuro tão próximo, que nos punha as lágrimas nos olhos de uma saudade que ainda não havia (e que era incomparavelmente menor do que a que temos hoje). Aquela que nos fez prometer mundos e fundos e "para sempres" e "vou estar sempre do teu lado".
Essa novidade mudou tudo. Essa novidade quebrou algumas das promessas feitas. A novidade que antes nos aproximava, agora tende a afastar-nos.
É isto que agora exige de nós uma adaptação. É isto que exige um esforço redobrado tanto para estarmos juntos como para termos paciência quando não conseguimos arranjar tempo. É isso que vai ter que nos fazer dar a volta por cima, mais uma vez.
Porque nós tínhamos um mundo à nossa frente, mas tínhamos a segurança para o enfrentar. E é agora, quando a novidade já não é tão "nova" que sentimos falta da segurança, da certeza e do abrigo que éramos. Porque agora, há dias em que, se olharmos para todo o lado, a maioria não vai ver ninguém em quem possa confiar. Porque é muito, muito difícil construir num mês aquilo que só chegou ao fim de três anos (mas garanto-vs que não é impossível).
Cada vez mais tenho a noção de que nós, Dozá, éramos uma excepção à regra. E, por muito que custe, teve um tempo e um lugar, mas acabou.

No entanto, orgulho-me da falta que me fazem. Porque só me diz que o que vivemos, foi vivido a sério. Aproveitado ao máximo. E não podíamos ter feito melhor.
O que nos resta? Para além da memória e da saudade, resta-nos a certeza de que algumas pessoas ficam para a vida. Só é preciso tempo, disponibilidade e vontade.

6 de novembro de 2009

Li*





Há relações que se dão bem com a distância. Que não precisam de conversas diárias, de uma presença constante. São precisos apenas dois segundos para que nos apercebamos de que nada, rigorosamente nada, mudou.
Depois, há aquelas que precisam de muito cuidado. Que vivem e só funcionam quando as duas pessoas envolvidas estão permanentemente juntas. E, ao longo dos anos, vai sendo construída, pouco a pouco. Mas torna-se sólida apenas porque, todos os dias, há uma caminhada em conjunto.
Já tinha reparado que a nossa era assim. Durante as férias, era sempre mais complicado, chegavamos a perder o contacto, deixavamos de saber uma da outra. Depois começava o ano, tinhamos sempre a mesma conversa do "as coisas estão diferentes" e acabavamos sempre por recuperar o que éramos com a simplicidade dos pequenos passos do dia.a.dia.
Este ano, não houve possibilidade de recomeçar. Ainda mal te vi, e para mim é impossível manter uma relação apenas por mensagens. Não dá, não consigo. Mas errei. Porque não te dei uma justificação ou uma explicação para a minha ausência. Aliás, errei essencialmente porque não estava lá quando mais precisavas. E já tinha comentado com mais pessoas que nos estavamos a afastar mas fui incapaz de dar o passo em frente.
Até que ontem, ao ler a tua mensagem, senti que te tinha desiludido.
Senti-me mesmo mal. E o mínimo que podia fazer era pedir-te desculpa e prometer-te que não ia desistir de ti, de nós.
No entanto, mantendo os pés assentes na terra, é impossível continuarmos exactamente o que éramos se não alterarmos hábitos. Vamos ter que nos habituar a uma relação mais distante, a uma ausência física mais permanente. E vamos ter que arranjar maneira de nos mantermos na vida uma da outra, simplesmente noutros moldes.
Não vai ser fácil.
Mas eu acredito que vamos conseguir. Porque ambas queremos que resulte.

Vai correr tudo bem :)

3 de novembro de 2009

Parabéns *

Podia dar-te os parabéns pelos 18 anos. Devia. Aliás, vou dar-tos : Parabéns Rutinha :) Já tens 18 anos ;)

Mas os teus 18 anos (falo como velhota experiente que sou), não vão mudar nada... Para além do pequeno pormenor de já poderes votar, pouco mais se vai alterar.

Por isso hoje, no dia dos teus anos, quero dar-te os parabéns, sim. Mas quero dar-tos por alguma coisa que realmente faz diferença, que realmente marca e muda a (minha) vida. Que me faz conhecer-te há, pelo menos dezoito anos, e conhecer-te como a palma da minha mão. Que me faz sentir uma falta imensa da tua presença, da tua alegria que era instantâneamente a minha, da nossa incomparável cumplicidade de comunicarmos com um olhar, de seres o simétrico de mim, o lado completamente oposto, e isso nos tornar complementares. Estes parabéns hoje trazem um sentimento diferente daqueles com que estamos habituadas a lidar. Têm um travo a saudade. A falta. A distância. A tempo. Eles existem, estão lá. Mas não nos impedem de nos mantermos as mesmas juntas, de eu te escrever posts às 6, 7 da manha e de tu os ires ver pouco tempo depois. De me ligares antes de uma aula só para me matares por tlm. De eu precisar de ti, da tua presença, da maneira como me falas mais fundo sem dizeres nada de complicado. Sinceramente? De tomar conta de ti e de me refugiar em nós. Na nossa alegria, na nossa sinceridade, na nossa transparência, na nossa agitação.
Parabéns, Soulmate. Porque conseguimos. Porque não mudamos um pormenor sequer do que éramos. Porque tu continuas a ser a minha Ru e eu a tua Popota. Porque não nos limitamos a viver do passado e das recordações. Aprendemos a construir um futuro longe dos moldes a que estávamos habituadas.
Parabéns, Soulmate. Por tudo o que és. Por teres a capacidade de marcar e mudar a minha vida, ao ponto de ela ser inconcebível sem ti.
Parabéns, Soulmate. Porque somos duas pessoas diferentes (e agora distantes). Porque somos opostos da mesma linha. Mas principalmente porque, juntas, somos muito, muito mais.

Love you, Soulmate*



["For all of my life you know i'll always be right there..."]

2 de novembro de 2009

Falta.



Sim, é o nosso futuro.
Sim, demos couro e cabelo para o conseguir.
Sim, vai dar ainda mais trabalho daqui para a frente.
E sim, estou extremamente orgulhosa do que atingimos.
Sei que nós somos fortes. Mais fortes que o tempo e que a distância. Mas também sei que estas são variáveis que nunca estiveram presentes no nosso dia a dia. Sempre estivemos à distância de um breve piscar de olhos.
Estou muito feliz porque ambas podemos seguir o nosso sonho. E porque esse sonho se cruza, é comum.
Mas, ainda assim, sinto muito a tua falta.

Soulmate*

1 de novembro de 2009

Dia 1


Hoje, mais do que nos outros dias, estiveste presente. Porque o dia, que está agora a acabar, ainda é para mim exclusivamente teu.
Não fui ver-te onde toda a gente te procurava.
Não precisei de uma presença física do que restava de ti para me sentir mais próxima, mais envolvida em tudo aquilo que és.
Bastou-me fechar os olhos para te ver.
Bastou-me pensar em ti para sentir o teu toque, ainda tão presente na minha memória.
A mim, basta-me viver para saber que estás lá, que segues cada passo meu, que estás em cada momento, que me recebes e que manténs a mesma expressão de amor incondicional quando olhas para qualquer um de nós.
Hoje, falei de ti (como falo muitas vezes).
E contínuo a encarar-te com a mesma naturalidade, lido com a tua presença como se, fisicamente, estivesses à minha espera sempre que chego a casa.
Ainda oiço os teus passos arrastados, a tua voz grave, vejo o teu olhar observador, muito mais transparente do que querias.
Estás aqui, connosco, comigo... Nesta casa que é para sempre tua, neste lugar que é, para sempre, o prolongamento da memória de tudo o que foste. De tudo o que, indiscutivelmente, ainda és.