3 de março de 2010

.

´Somos o avesso um do outro. Quando duvidas, paras, e eu sigo em frente. Quando tens medo, eu tenho vontade; quando sonhas, eu pego nos teus sonhos e torno-os realidade, quando te entristeces, fechas-te numa concha e eu choro para o mundo; quando não sabes o que queres..., esperas e eu escolho; quando alguém te empurra, tu foges e eu deixo-me ir.

Somos o avesso um do outro: iguais por fora, o contrário por dentro. Tu proteges-me, acalmas-me, ouves-me e ajudas-me a parar. Eu puxo por ti, sacudo-te e ajudo-te a avançar. Como duas metades teimosas, vivemos de costas voltadas um para o outro, eu sempre à espera que tu te vires e me abraces, e tu sempre à espera que a vida te traga um sinal, te aponte um caminho e escolha por ti o que não és capaz.´

1 de março de 2010

J*

Caiu-me tudo. Há muito que sabia que as coisas podiam mudar. Mas ler o que escreveste, a ansiedade de nao ter uma resposta tua, deixaram-me de rastos. Não quero nem posso perder-te. Não a ti. És demasiado para deixar para trás. Somos demasiado para que seja suportável a hipótese de te deixar ir.

Por favor, fica.
Fazes-me falta.