20 de fevereiro de 2010

Sorte

" Era suposto a época de exames unir-vos. Tornar-vos mais próximos. Era a altura para que, no meio dos chumbos, vocês provassem como são amigos e se apoiassem uns aos outros (...)". [não sei se as palavras foram exactamente estas, mas a intençao está lá].


E a verdade é que nós conseguimos. No meio de tudo, da desilusão e do desespero de, pela primeira vez na minha vida saber o que é chumbar, o que é não ser suficientemente boa, vocês são a única coisa que marcou pela positiva este tempo... O apoio, a sinceridade, a confiança, a maneira como, aos poucos, nos tornamos tão próximos, faz-me perceber a sorte que tive por vos ter conhecido. E por, em tão pouco tempo, poder dizer que, convosco, me sinto realmente em casa.

3 de fevereiro de 2010

Segredo

Escrever-te seria demasiado.
Seria assumir as minhas duvidas.
Seria publicar a minha incerteza.
Seria admitir que não te percebo, que a cada passo que dás eu não compreendo as tuas reacções e que, embora eu queira ter o controlo da situação, tens um efeito em mim que me apanha desprevenida e que torna tudo mais complicado.
Seria mostrar que parte do meu bem estar ja depende da tua presença.
Que mesmo que eu me queixe e te insulte e te vire costas, não faria nada disso se não soubesse que, mais tarde ou mais cedo vinhas atrás de mim.
A verdade é que estes pequenos passos, esta distancia que ainda mantenho e os limites que, com dificuldade, vou estabelecendo não são mais do que formas de tentar manter.te na minha vida, de não te assustar, de não me precipitar e de não sair magoada por cometer, outra vez, os mesmos erros.
Assim, deixo-me levar sem pensar muito, mas mantenho o meu espaço minimamente intacto.
É demasiado fácil gostar de ti.
Mas isto era o que eu dizia se te escrevesse. Como não te escrevo, não assumo nada. É segredo, não se sabe. Assim, nunca vais ficar a saber e eu posso sempre dizer que para mim não faz diferença. ;)