Presa.

E hoje, somos muito mais do que éramos.

Hoje, estou irremediavelmente presa a ti.

Carta

Sonhei que te escrevia uma carta.
E na carta, conseguia pôr tudo o que já tínhamos vivido, tudo o que sentia em relação a ti.
Era uma carta longa, sim, mas tinha ficado perfeita.
Porque em cada linha, em cada palavra, estava reflectida a tua presença.
Tinha os teus traços, os teus gestos.
Tinha o teu sorriso confortante e o teu olhar (tantas vezes o meu abrigo).
Espelhava a segurança que me dás.
O conforto que me trazes.
A paz que muitas vezes vem apenas de ti.
A certeza que agora significas.
Tinha todos os pormenores da nossa história.
A maneira como devagarinho nos tornamos o tanto que somos hoje.
Falava do mais pequeno pormenor de nós.
Contava como crescemos juntos, como aprendemos com os nossos erros e assim ficamos mais cúmplices.
Falava da rotina, do "quero-te a ti", do "fala-me desse riso", do "quando te conheci não eras assim",...
Sabes o que escrevi mais? Escrevi partilha, confiança, amizade, sinceridade, compreensão. E não escrevi muito mais coisas porque há sentimentos que não são ditos, são olhados. Connosco é assim.
Escrevi-te, escrevi-nos, e tu gostaste. Tinha ficado perfeita.

Mas era um sonho. Por isso, consegui transmitir tudo da melhor maneira. Agora, aqui, faltam-me as palavras. Porque nada é suficiente. Porque somos muito mais do que isto. E porque o que somos, só nós percebemos.

Orgulho-me muito de ti, e muito mais de nós.
E adoro-te, da maneira que só tu percebes e é apenas tua maninho :)

Marcas-me*

E pé ante pé, com pequenos paços de quem ainda não sabe bem andar, fomos deixando um rasto de cumplicidade que se imortalizou. E o que eram antes passos incertos, tornaram-se caminhos seguros.
Porque as nossas pegadas já se fundem e as nossas histórias não fazem sentido se não estivermos juntas.
Porque mesmo ao fim de tanto tempo, há coisas em ti que me surpreedem e me fazem admirar-te.
E porque nos completamos, de verdade.

Olhares

Posso não reconhecer todos os vossos olhos.
Mas reconheço todos os olhares.
Aqueles que vos espelham a alma.
Aqueles que dizem mais do que as palavras.
Aqueles que me contam quem voces são.
Aqueles que nao deixam mentir.
Aqueles que acompanham os nossos maiores momentos.
Os que se enchem de lágrimas quando choramos juntos e sorriem quando também nós sorrimos.
Tenho um bocadinho de todos vocês, e vocês têm uma parte de mim.
E essa parte é eterna. E será para sempre vossa.
Porque, com o tempo, aprendemos a olhar-nos bem mais fundo. E isso torna-nos Imortais.

18

Sim, são 18.
Mas são 18 de criança.
Carregados de sonhos e objectivos.
São 18 anos de sorrisos sinceros, de más disposições sinceras, de erros típicos, de conquistas das quais me orgulho.
São 18 de boas memórias, de mudanças, de novidades.
São 18 que fazem de mim "velha" e que me obrigam a pagar entrada no Louvre.
São 18 muito bem vividos.


E eu sou uma eterna "Peter Pan" que não cresce só por ter 18 ;)

Eu através de Ti.

Hoje não te disse a verdade toda.
Já nos imaginei juntos, sim. Não senti nada significativo, mas também não descartei a possibilidade de podermos ficar juntos. Estávamos muito próximos, havia química e eu esqueci-me de mim. Olhando com frieza (esta tornou-se a palavra chave do dia de hoje) sempre achei ridículo, inacessível, utópico e desconfortável.
Mas mais do que uma vez dei por mim a sonhar, literalmente, com isso. E não serão os sonhos o reflexo mais puro do que sentimos?
A questão é que sempre achei toda a situação estúpida. Abafei, nunca comentei com ninguém. Isso nem sequer me passou pela cabeça. Acho que foi mais uma das coisas que mudou em mim. Antes, sufocava se não falasse dos meus sentimentos. Actualmente, resguardo aquilo que não tenho como certo (sim, porque agora tenho a certeza do absurdo de tudo o que sonhei).
O mais irónico é que acabei por assumi-lo num blog. Mas sei que só tu percebes e que consegues guardar segredo.
Apesar de tudo, não houve tempo suficiente para explorar ou amadurecer o sentimento. Até porque fiz questão de não tocar no assunto comigo mesma, de afastar a possível ideia de eventualmente considerar essa existência de um "nós".
Fizeram-me muitas vezes a mesma pergunta e eu respondi a todas com o que, racionalmente, sabia ser verdade. E o "não" parecia-me a resposta mais sincera. Foi o que te disse hoje e, por alguma razão, senti que não estava a ser transparente e que te queria mostrar o que senti (talvez por acreditar que, neste campo, me perceberias melhor que ninguém).

Neste momento, mudou demasiada coisa para eu me dar ao luxo de sentir algo mais do que saudade pelo que fomos. Hoje não. Ontem,... talvez.

Ausência

A tua ausência ainda me assusta.
Tento disfarça-lo, esconde-lo, para que não repares e eu esqueça.
Mas continuo a olhar-te ao longe.
E a querer que estivesses mais perto de mim.
Que voltasses.
Que continuasses a dar-me pequenas partes de ti.
Mas agora não estás aqui.
E sinto mesmo a tua falta.

Saudade

"Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações. Provém do latim "solitáte", solidão."

Eu

"É o riso, é a lágrima, a expressão incontrolada(...)"

Âncora

Tenho a tendência de me "ancorar" ao mais pequeno sinal de segurança.
E esse, nem sempre, é o porto mais seguro.

Circles*

Scientist - Coldplay


"Nobody said it was easy
Oh its such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said that it would be this hard
Oh take me back to the start"

RH+

O que me liga a voces?
a vontade renovada de querer ser parte do grupo.
o fim de semana marcante.
tudo o que se partilhou, tudo o que se disse, tudo o que se fez.
a disponibilidade para me ouvirem e o meu desejo de vos falar.
o facto de agora serem donos de um bocadinho mais de mim.
e de todas as palavras ficarem longe do que quero dizer. porque so vocês percebem :)

muito obrigada!

Forever*

"so give me your forever
please your forever
not a day less will do
from you"