30 de março de 2009

Carta


Sonhei que te escrevia uma carta.
E na carta, conseguia pôr tudo o que já tínhamos vivido, tudo o que sentia em relação a ti.
Era uma carta longa, sim, mas tinha ficado perfeita.
Porque em cada linha, em cada palavra, estava reflectida a tua presença.
Tinha os teus traços, os teus gestos.
Tinha o teu sorriso confortante e o teu olhar (tantas vezes o meu abrigo).
Espelhava a segurança que me dás.
O conforto que me trazes.
A paz que muitas vezes vem apenas de ti.
A certeza que agora significas.
Tinha todos os pormenores da nossa história.
A maneira como devagarinho nos tornamos o tanto que somos hoje.
Falava do mais pequeno pormenor de nós.
Contava como crescemos juntos, como aprendemos com os nossos erros e assim ficamos mais cúmplices.
Falava da rotina, do "quero-te a ti", do "fala-me desse riso", do "quando te conheci não eras assim",...
Sabes o que escrevi mais? Escrevi partilha, confiança, amizade, sinceridade, compreensão. E não escrevi muito mais coisas porque há sentimentos que não são ditos, são olhados. Connosco é assim.
Escrevi-te, escrevi-nos, e tu gostaste. Tinha ficado perfeita.

Mas era um sonho. Por isso, consegui transmitir tudo da melhor maneira. Agora, aqui, faltam-me as palavras. Porque nada é suficiente. Porque somos muito mais do que isto. E porque o que somos, só nós percebemos.

Orgulho-me muito de ti, e muito mais de nós.
E adoro-te, da maneira que só tu percebes e é apenas tua maninho :)

1 comentário:

Licas disse...

Está qualquer coisa *_*