27 de junho de 2009
Há cheiros que nos ficam entranhados na pele.
Há palavras que permanecem constantes, sussurradas ao ouvido, vozes que segredam e que remexem tudo por dentro.
Há toques, sensações, arrepios, que nos ficam tatuados para o resto da vida.
Há sabores que se mantém na boca, que torturam a razão porque nos arrancam o pensamento.
E há imagens, sombras, esboços, silhuetas, que nunca nos abandonam...e que regressam do nada,e que nos assombram a memória, e que nos invadem o pensamento, e que nos fazem recordar.
Tudo isto vem do rasto. Tudo isto marca. E tudo isto volta a viver, se nos dermos a esse luxo.
Por isso, há alturas em que temos que enterrar o passado, cobri-lo com novos momentos, não dar qualquer hipótese a que ele nos corrompa as horas, os dias, com a vontade de o ter novamente.
Não se trata de esquecer. Trata-se apenas de não voltar a sentir na memória o que outrora se sentiu à distância de um entrelaçar de dedos.
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1 comentário:
por vezes, é impossivel fazer com que esses pensamentos, esses momentos nao flutuem na nossa cabeça.
E isso não mata, mas moi.
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