2 de julho de 2010

Mais uma vez...

Entras... Assim, de rompante, como quem não tem nada a perder.
E, no início, fazes com que todos os dias, todos os momentos, sejam feitos de ti.
Aí, é impossível esquecer que existes. Tu não deixas.
Crias hábito... Cativas, ganhamos rotina. E eu gosto.
Durante um tempo crescemos juntos, em sintonia, ao mesmo tempo. É quando penso que está tudo no lugar certo, que se o mundo continuasse assim, eu ficava bem.
No momento seguinte, vais desaparecendo. Não de repente. Não da mesma maneira como entraste, com aquela sensação de confiança e de certeza, que me diz que não há qualquer problema em deixar-te vir.
Não, agora não. Agora sais de mansinho. Dependendo dos dias. Uns sais mais, outros menos. Para eu reparar bem que te estou a perder. Que, com o passar do tempo, a vontade de manter a ligação, de permanecer, não na tua vida (é demasiado geral) mas no teu dia a dia, é minha, apenas.
A tua partida é feita de dúvidas, de acções em que te contradizes e eu fico sem saber o que esperar. Se te procuro, tu afastas-me. Mas, no entanto, se te virar costas, vens atrás de mim e durante alguns momentos recuamos para o tempo em que nos moviamos cordenados no mesmo compasso.


Eu fico sem saber. Para não me impor, para não chatear, como já aconteceu de tantas outras vezes, eu espero que a decisão seja tua. 
Quando dou por mim, já não te tenho. Não da mesma maneira. 

5 comentários:

Licas disse...

porque continuas a viver num conto de fadas e eu já acordei para a realidade :) por isso é que discordas daquele texto.

Catarina disse...

nao consigo abdicar deste conto de fadas. muita coisa ia deixar de fazer sentido :)

Licas disse...

vais acabar por abdicar :)
ou então vais ter a sorte de encontrar alguém que te faça viver nesse conto de fadas.
e aí sou a primeira a invejar-te :)

Catarina disse...

não me parece que vá abdicar. Quanto muito, deixo de acreditar nele para mim. Mas sei que há quem tenha a sorte de ter um conto de fadas :)

Licas disse...

Isso é o que me aconteceu. Deixei de acreditar nele para mim.