1 de abril de 2010

Guardar

Ao fim de dois dias, chorei.
Por ti... sinceramente, não era minimamente planeado ficar neste estado. Eu ia controlar-me, ia guardar um perimetro de segurança, ia manter a distancia.
Acabei a fazer exactamente os mesmos erros, a cair nos mesmos buracos.
Numa coisa tinhas razao: eu e tu somos iguais nisto. Damos. E esperamos que nos dêem na mesma medida.
Eu acabei por perder. Como ja perdi mais vezes antes. E nem por isso deixou de doer menos.
Sei que guardo a memória difusa daquela meia hora. Em que tudo estava no sitio certo e que, apesar do meu estado (ou se calhar por causa dele), fazia sentido. Guardo a sensaçao de estar no meu lugar, guardo a minha cara encostada ao teu pescoço, a minha mao no teu cabelo. Guardo a vontade de que isso fosse eterno.
Agora o tempo cura. E enquanto nao curar, sei que esta nao foi a ultima vez que chorei.

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