10 de novembro de 2008
Queria poder ter-te aproveitado mais. Sinto que apesar dos meses intensivos em que soubemos tudo um do outro, havia ainda muito mais para descobrir.
Sinceramente? Adorava a sensação de te ter na minha vida. Sabia mesmo bem ter-te sempre á distância de uma mensagem ou de um telefonema (que até passou a ser grátis).
Resultamos muito melhor se não nos virmos. Chocamos muito menos e, consequentemente, falamos mais.
Para te ser franca, nunca percebi o que aconteceu.
Conheço-te à quase três anos e nunca me pareceste daquelas pessoas que se fecham sem razão aparente enquanto por mensagens contam o mais infimo pormenor de si.
Mas também, nunca achei que te conhecia muito bem, apesar dos anos de convívio permanente.
Sempre discordamos em diversos pontos. E nunca tivemos problemas em dize-lo um ao outro. Tu tens essa mania da imagem, de nao fazer barulho pelo que os outros possam dizer, de te esconderes sempre que a maioria de nós se ri à força toda.
Eu nao. Eu nao tenho problema em rir-me à frente de vinte, chorar em frente de cem e discutir a altos berros contra meio mundo. Sempre fui assim. Espalhafatosa. Histérica, como tu fazes questão de referir.
E este é apenas um exemplo de como somos diferentes. Acho que o mais presente no nosso dia-a-dia.
Durante estas férias ficaste magoado comigo. A razão era, basicamente, a minha ausência repentina e aparentemente sem explicação. Tentei justificar-me, pedi desculpa e ficou tudo mais que bem.
Neste momento és tu que, mesmo estando perto de mim pelo menos 5 dias por semana, me vais deixando para trás. E não adianta as voltas que dou à minha cabeça; não encontro razão para isso.
Mas queria que soubesses que deixaste saudade. Não aquela saudade física. Não é a saudade de te ver ou de estar contigo. É a saudade de te ter presente. De te contar tudo. De conversarmos durante imenso tempo ao telemóvel. De sentir que me fazias bem. Que eras, acima de tudo, uma optima solução à porcaria de desespero que vivia na altura.
Mas foste desligando. Foste saindo... ainda corri atrás de ti mas, sinceramente, levei com a porta na cara e nao adiantou de nada.
Deixaste um rasto de inacabado. Soube a pouco. Havia muito mais a dar.
E sabes que mais?
Fazes muita falta.
Acabei de escrever isto e tu mandaste mensagem, do nada. Não tem nada de especial mas ao menos lembras-te que estou viva :P e pronto, uma palavra faz com que um texto de longas frases deixe de ter sentido.
As vezes acho que estas dentro da minha cabeça x)
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1 comentário:
À primeira/segunda frases percebe.se logo pra quem é (':
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