14 de outubro de 2008

Crescer.


De um momento para o outro pedem-nos para crescer.
Engana-se quem disse que era um crescimento gradual, que aos poucos iam exigindo cada vez mais de nós.
É repentino.
Assustadoramente repentino.
Num momento, não nos são exigidas grandes coisas. Nunca contam muito connosco nem levam realmente a sério a nossa palavra. Tudo é desculpado porque tudo pode ser corrigido. O tempo nao foge, apenas vai fluindo por entre os nossos dedos e vamos aprendendo como o agarrar (ou como desperdiçá-lo).
E, sem aviso, somos grandes. De repente, temos que escolher o nosso futuro e, o que é mais assustador, temos que lutar por ele. Sem desculpas, sem tempo, sem refúgios.
Somos novos num mundo que não para, numa realidade que não dá descanso, nem tempo.
Por um lado, tudo isto nos traz a confortável e aliciante sensação de que começamos a decidir o que somos. Que tudo depende mais de nós que dos outros. Que temos poder sobre a nossa vida. Que a última palavra nos pertence.
Mas, por outro lado, queremos manter-nos no nosso cantinho. Não levar as coisas demasiado a sério porque tira e piada e aumenta as dores de cabeça.
Mas neste momento, e inevitável.
E acabamos por nos sentir deslocados, assustados com o tanto que nos é exigido.

1 comentário:

Licas disse...

Como tens razão :o

é impressionante como de um momento para o outro nos pedem tudo e ao mesmo tempo :x

amo te ;D