30 de junho de 2010

Só uma questão de hábito.


Vivo de promessas... De que vou mudar. De que vou manter um perímetro de segurança, não me vou expor tanto, não me vou ligar tanto.
Vivo disso, e da sensação que, ao faze-lo, não estou a ser eu. Que o meu impulso é deixar-me ir, esperar de mais, ver de mais e apressar tudo.
Acabo perdida. Entre não fazer o que quero, ter que esperar e chatear-me comigo por querer tudo agora, perco-me.
No fim, fica sempre aquela sensação de vazio. De que, mais uma vez perdi e que acabo sozinha. Que não sei o que é melhor, se realmente compensa porque, afinal de contas, acabo igual e a sensação é exactamente a mesma. A solidão assusta-me. Muito.
Mas pronto... Inspira, expira, não morre. Continuo à espera que isto seja só uma questão de tempo até me habituar. Até que não tenha que forçar. Que seja parte de mim afastar-me das pessoas e não me ligar tanto..

4 comentários:

Licas disse...

somos mesmo parecidas.

Catarina disse...

Yap, somos :)

Anónimo disse...

a capacidade de nos ligarmos aos outros é o que nos faz humanos, afilhada...

Catarina disse...

Por isso é que, muitas vezes, não sei o que é melhor, Madrinha.